Facebook pode ser uma ameaça para crianças adotadas .


Jovens britânicos adotados depois de terem sofrido abuso na infância correm o risco de terem novos problemas emocionais, já que alguns pais biológicos recorrem ao Facebook e outras redes sociais para encontrá-los, disseram agências de adoção nesta quinta-feira.
A facilidade com que alguns pais biológicos podem usar a tecnologia para entrar em contato com as crianças sem avisar e sem seguir práticas de segurança estabelecidas alarmou as agências de adoção.
As famílias que foram contatadas descreveram a experiência como sendo uma "batida de carro em câmera lenta", deixando-os "golpeados e feridos".
"As redes sociais estão abrindo feridas -- você não consegue manter segredos", disse Julia Feast, consultora na Associação Inglesa para Adoção e Amparo (BAAF, na sigla em inglês).

De acordo com as leis inglesas, os pais biológicos não podem acessar os registros de adoção de suas crianças e frequentemente, antes das redes sociais, era muito difícil para fazer contato.
Desde 2005, no país, adultos adotados e seus parentes biológicos têm o direito legal de pedir a uma agência aprovada para ajudá-los a fazer contato um com outro, mas isso pode ser rejeitado se houver preocupações após uma avaliação.
Não se sabe quantos pais biológicos estão utilizando as redes sociais para isso, mas a BAAF afirmou que está recebendo "mais e mais casos".
A associação quer que o governo instale um sistema em que as agências e pais adotivos possam entrar em contato e dividir duas experiências.
Não são apenas os pais biológicos que estão entrando em contato. Crianças adotadas, especialmente as que estão em idade em que começam a sofrer angústia e começam a ficar rebeldes, estão se conectando.
"Em primeiro lugar, precisamos ser mais abertos e honestos com as crianças adotadas sobre as razões para suas adoções e a realidade do abuso e negligência que sofreram com suas famílias biológicas", disse Jonathan Pearce, presidente-executivo da associação Adoption UK.
(Por Avril Ormsby) 

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